Gestão de equipas
KPIs de Recursos Humanos: guia de indicadores estratégicos
Descobre quais são os KPIs de Recursos Humanos indispensáveis para a gestão estratégica da tua força de trabalho e as suas fórmulas. [Descarrega este guia grátis]
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Isabel García
HR Consultant
10 de abril, 2025
Por trás das siglas KPI esconde-se o conceito Key Performance Indicator. Trata-se da unidade de medição dos resultados de ações ou atividades específicas. Os KPIs de recursos humanos são a referência que se toma na análise e avaliação dos diferentes processos que se desenvolvem nos departamentos de gestão da empresa.
Ao mesmo tempo, permitem-nos detetar os sucessos ou deficiências da organização. Podem ser aplicados em aspetos como o recrutamento, a avaliação de desempenho ou a formação.
Assim, é mais fácil estabelecer uma série de objetivos e saber se são cumpridos, em que medida, se estão a ser realizadas as ações adequadas para os atingir, etc. Medindo resultados, é mais fácil que a empresa possa crescer.
Para começar, os KPIs de recursos humanos assumem especial relevância na atualidade face à guerra de retenção de talento a que as empresas enfrentam.
Medir objetivamente os dados que dispomos dos nossos recursos humanos é fundamental na hora de recompensar e desenvolver os trabalhadores, em suma, para criar uma boa experiência do empregado para eles.
Além disso, geram mais compromisso no empregado, pelo que contribuem para a redução do absentismo e da taxa de rotatividade de pessoal. Ou seja, como diz Charneco, são importantes para o crescimento da empresa.
O conhecimento que temos hoje em dia sobre as pessoas através dos dados é vital para a transformação da função de RH
Miguel Charneco, diretor de RH Arvato Supply Chain Solutions Spain
Se pretender contar com KPIs de recursos humanos eficientes, estes devem cumprir a regra SMART: serão específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais.
Somente assim seremos capazes de definir uma série de objetivos realistas para a organização e medi-los correctamente. Trata-se de uma fórmula bastante simples que nos permite obter excelentes resultados, a seguir vamos ver o detalhes:
Todos os KPIs de recursos humanos devem fazer referência a uma tarefa ou ação concreta, devendo ser o mais específicos e concisos possível.
Por exemplo, “aumentar a produção em 5%” é um indicador muito mais concreto do que falar em “incrementar a produção”. O facto de serem específicos permite cumprir os restantes requisitos dos indicadores SMART.
Desta forma, quando o indicador é específico, também será mensurável. O que não se pode medir não pode ser interpretado, e não nos será útil. Se não for mensurável, os dados não podem ser interpretados.
Recorrendo ao exemplo anterior, não será o mesmo incrementar a produção em 1,5% do que em 4,7%.
É preciso ser realista e definir objetivos que sejam atingíveis nas condições atuais da empresa. Faz sentido tentar duplicar a produção com a mesma força de trabalho? Não parece o cenário mais realista.
Além disso, estabelecer objetivos ou indicadores inatingíveis não faz sentido, convém ter em conta a realidade da empresa no momento de os definir.
Da mesma forma que utilizamos indicadores atingíveis, procuraremos que tenham relevância para a empresa. É imprescindível trabalhar com métricas que forneçam informação valiosa para a organização e que nos ofereçam dados a partir dos quais possamos melhorar a nossa forma de trabalhar.
Se forem irrelevantes para o modelo de negócio ou para a produtividade da empresa, podem ser desconsiderados.
Por fim, é importante salientar o caráter temporal dos indicadores de gestão em RH. Cada KPI de recursos humanos deve ter um limite temporal.
Voltando ao exemplo inicial, podemos planear o aumento de 5% da produção num ano, num semestre ou num trimestre… Além disso, é necessário avaliar e analisar periodicamente o indicador, introduzindo as correções necessárias.
Antes de aprofundar em alguns dos indicadores de RH mais importantes, convém realçar que a relevância dos indicadores depende de cada empresa.
Questões como o tamanho, o número de trabalhadores, o volume de trabalho ou mesmo o sector a que se dedica influenciam na importância que cada KPI de recursos humanos possa ter. A seguir, apresentamos alguns dos mais destacados.
A rotação de pessoal é um indicador relativo ao nível de permanência dos empregados na organização. Num cenário ideal, este KPI de recursos humanos não ultrapassará os 5%, embora, logicamente, quanto mais baixa for esta taxa, melhor.
Além disso, é interessante conhecer as causas de uma elevada rotação. Se se dever às demissões da própria equipa, a direcção deverá intervir.
Para calcular o índice de rotação de pessoal, basear-nos-emos na relação percentual entre o volume de entradas e saídas durante um determinado período. Assim, utilizaremos a fórmula:
(Pessoas contratadas durante o período considerado + pessoas desvinculadas) / média efetiva
Este conceito obtém-se fazendo a média do número de empregados no início e no fim do período. O resultado é multiplicado por 100 para obter o percentual.
O absentismo é um dos grandes entraves para qualquer empresa. Com este KPI de recursos humanos, medimos as ausências dos nossos empregados do local de trabalho em períodos normais – isto exclui as férias, dias de folga, etc. –.
Ao mesmo tempo, é um dos KPIs de RH mais importantes, pois permite detetar tendências problemáticas quando há elevado absentismo por faltas, atrasos ou mesmo licenças. Para a empresa resulta dispendioso.
Existem várias fórmulas para calcular o absentismo laboral. Propomo-nos utilizar a fórmula:
Número total de horas de absentismo / Número total de horas planeadas x 100
Esta fórmula permite obter o percentual de absentismo laboral existente na empresa. Assim, têm-se em conta também as horas não trabalhadas devido a atrasos, empregados que saem antes do horário, etc.
É inegável que o absentismo laboral tem um custo para a empresa, e calculá-lo é tão simples quanto somar as despesas decorrentes da ausência. Entre outras coisas, teremos em conta as contribuições para a segurança social, as horas extra que terão de ser pagas a outros empregados por fazerem o trabalho do ausente ou o custo de contratar um substituto.
Outro dos indicadores de Recursos Humanos que não podemos perder de vista é o ambiente de trabalho. O investimento em melhorar o clima laboral e reforçar o índice de satisfação da equipa está mais do que justificado, pois é o primeiro passo para ter uma equipa de trabalho comprometida com a organização. Quanto melhor for o ambiente, maior será a produtividade.
Os inquéritos de clima laboral são um excelente termómetro para perguntar aos nossos empregados sobre a sua satisfação laboral. Podemos questioná-los diretamente, oferecendo várias respostas para escolher, por exemplo, uma escala de 1 a 10 ou de 1 a 5.
Também podemos fazer perguntas relacionadas com os diferentes aspetos que influenciam a satisfação e tirar conclusões.
A razão de competitividade salarial é calculada através da seguinte fórmula:
Salário médio oferecido pela empresa / salário médio no sector
No caso de querer comparar com outra empresa, em vez do salário médio setorial, utilizaremos o da concorrência. Se o resultado for superior a 1, a empresa é salarialmente competitiva; se não alcançarmos 1, significa que outras empresas pagam mais.
A eficiência dos processos de seleção de pessoal é outro indicador muito relevante na gestão dos recursos humanos. Sem dúvida, o tempo médio de contratação é um dos mais importantes, mas temos outros KPIs de recursos humanos, como a taxa de conversão, que nos permitem optimizar estes processos para reduzir os custos associados à contratação.
Trata-se de um indicador que mede o tempo que decorre desde a publicação da vaga até à contratação da pessoa que a irá ocupar. Utilizaremos a seguinte fórmula com o objectivo de calcular a eficiência. É tão importante que o resultado seja baixo como contratar a pessoa adequada.
Dias investidos em X processos de seleção / Número de processos de seleção
Uma das missões mais destacadas dos recursos humanos é analisar o desempenho da equipa. Muitas organizações adoptaram o modelo de trabalho por objetivos, o que facilita sobremaneira o seguimento e o aumento da produtividade laboral.
Ao mesmo tempo, dispomos de um par de indicadores chave para saber se a nossa equipa é produtiva ou se é necessária uma melhor gestão do capital humano.
Com este indicador saberemos se o resultado do processo de seleção foi o adequado. Num cenário ideal, o tempo médio irá diminuir de um objetivo para outro, o que significa que o trabalhador é cada vez mais produtivo.
Contudo, questões como o volume de tarefas que deve enfrentar ou mesmo fatores pessoais podem provocar variações. Por isso, utilizaremos a média.
Por um lado, podemos fazer um seguimento personalizado de cada trabalhador. Por outro, dispomos de mecanismos, como a seguinte fórmula, que revelarão a produtividade das nossas equipas. Se pretender obter resultados mais precisos, pode utilizar como referência o desempenho ou as horas trabalhadas.
Total de vendas durante um período / Total de empregados na empresa
De nada adianta contratar os melhores profissionais se não fores capaz de os reter na empresa.
Neste capítulo encontramos indicadores como a taxa de abandono, a permanência média na empresa ou a satisfação interna, que nos ajudarão a optimizar a estratégia de gestão de pessoal. Existem dois aspetos-chave que não podes negligenciar.
Existem várias fórmulas para calcular a rotação de talentos. Propomo-nos efetuar o cálculo da rotação de pessoal através da fórmula. Quanto mais baixa for, maior será a retenção de talento.
Número de pessoas que deixam a empresa num período / Média de empregados nessa etapa x 100
Oferecer planos de carreira e a possibilidade de progredir na organização é fundamental para reter o talento. Esta taxa obtém-se através da seguinte fórmula:
Número de empregados promovidos no período analisado / Número total de empregados nesse período.
Em suma, quanto maior for esta taxa, menos talento terás de procurar fora da organização.
A formação é um KPI de recursos humanos com o qual pretendemos obter informação sobre como melhorar a produtividade dos teus empregados.
Para isso, é importante saber quantas horas cada pessoa desempenha no seu posto, além dos seus conhecimentos técnicos, teóricos e práticos relacionados com o papel que desempenha.
No entanto, esta informação é muito importante para adaptar a formação a cada um dos nossos empregados e, por isso, os relatórios de RH devem recolher todos estes dados atualizados. Aqui enquadra-se a necessidade de uma formação constante para ter uma equipa atualizada.
Não é preciso dizer que o objetivo é ter 0 acidentes laborais na organização. Contudo, é inevitável que ocorram pequenos incidentes no local de trabalho.
Neste caso, pretende-se conhecer a taxa de acidentalidade e as suas causas. Se os acidentes seguirem um padrão, é mais fácil intervir na prevenção de riscos laborais e minimizar as possibilidades de acidente.
A taxa de acidentalidade é calculada através da fórmula
(Número de acidentes x 1.000.000) / (Número de horas trabalhadas – pessoas expostas)
Para além do resultado que possamos obter com este cálculo, deveríamos ter em conta outras variáveis, como as consequências – dias de baixa, custo, etc. –, que dependem da gravidade do acidente.
Na hora de elaborar um KPI de RH, é fundamental defini-lo adequadamente desde o início. Para além do nome que decidas atribuir, é necessário especificar ao máximo o objetivo, bem como a forma como será medido.
É também imprescindível indicar a fonte da qual obteremos a informação para a sua avaliação e a frequência ou periodicidade com que revisaremos o indicador.
Um quadro de mando de Recursos Humanos, também conhecido como Balanced Scorecard, é uma ferramenta de gestão empresarial que mede integralmente o desenvolvimento e os resultados dos indicadores de RH.
Desta forma, oferece a esse departamento uma perspetiva estratégica e global. Permite recolher toda a informação necessária e efectuar um seguimento do crescimento empresarial em tudo o que diz respeito à produtividade e à concretização dos objetivos estabelecidos pela empresa.
Com o quadro de mando, a empresa terá acesso imediato à informação mais relevante, especialmente no momento de gerir os objetivos.
Entre outras coisas, permite identificar as irregularidades, as más decisões que possam ser tomadas e as falhas mais críticas. Mas também pode identificar as causas desses problemas para que a companhia possa antecipar-se a eles.
Podem ser visualizados de forma totalmente gráfica. É muito eficiente e cada vez mais universal. Isto foi conseguido graças à digitalização que foi instaurada nas PME, não apenas nas grandes empresas.
De tudo o que foi referido anteriormente, é exatamente aqui que reside a importância de estabelecer um quadro de mando de recursos humanos ideal para a empresa. Desta forma, poderás descobrir tanto os pontos críticos, como mencionámos, como os pontos fortes e-chave da tua corporação.
Isto permitir-te-á abordar os problemas e potenciar, além disso, as qualidades que possuas.
Implementar o quadro de mando de RH do software da Sesame HR é uma decisão estratégica que permite às empresas gerir e analisar a sua informação de recursos humanos de forma eficiente, centralizada e visualmente intuitiva.
Da mesma forma, este sistema transforma os dados em insights chave, ajudando a tomar decisões fundamentadas para melhorar a produtividade, a satisfação dos empregados e os resultados do negócio. A seguir, explicamos porque deves integrá-lo na tua empresa:
O quadro de mando da Sesame HR agrupa toda a informação de RH num único local, desde o controlo de horários até aos inquéritos de clima laboral, facilitando o acesso a métricas chave.
Além disso, oferece dados em tempo real, garantindo que as decisões se fundamentem na informação mais recente e precisa.
Apresenta os dados de forma clara e compreensível, utilizando gráficos, tabelas e outros formatos visuais que facilitam a sua interpretação.
Como utilizador, podes personalizar o quadro de mando para exibir apenas as métricas mais relevantes para a tua empresa ou departamento, como rotação, absentismo ou avaliações de desempenho.
Analisa padrões no comportamento laboral, como o desempenho ou a satisfação dos empregados, para antecipar problemas e agir de forma proactiva.
Gera relatórios detalhados de forma automática, eliminando tarefas manuais e libertando tempo para a equipa de Recursos Humanos. Liga o quadro de mando a ferramentas como gestão de turnos, folhas de pagamento ou inquéritos, oferecendo uma visão integral dos processos.
A Sesame garante o cumprimento de normativas como o RGPD, protegendo os dados dos empregados. Facilita a preparação de relatórios para inspeções laborais e auditorias, apresentando métricas claras e precisas.
Ao optimizar a gestão de RH e prevenir problemas como elevada rotação ou absentismo, o quadro de mando contribui para melhorar a eficiência operacional.
Enfim, o quadro de mando de RH da Sesame HR é muito mais do que uma ferramenta de gestão; é um aliado estratégico que converte os dados em decisões inteligentes.
Além disso, a sua capacidade de centralizar, analisar e visualizar informação chave permite às empresas optimizar processos, melhorar a experiência dos empregados e atingir os objetivos de negócio com maior eficiência.
Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame HR e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!