2 de abril, 2025

Num ambiente empresarial em constante evolução, a gestão de formações deixou de ser apenas uma vantagem competitiva — passou a ser uma verdadeira necessidade estratégica. As empresas que apostam na aprendizagem e no desenvolvimento interno conseguem adaptar-se mais rapidamente às mudanças, melhorar os seus resultados e reter talento com maior eficácia.

No entanto, a gestão de formações continua a ser um desafio para muitas organizações. Desde a identificação das necessidades formativas até à avaliação do impacto das ações desenvolvidas, é fundamental ter um processo bem estruturado e ferramentas que facilitem o acompanhamento do progresso de cada colaborador.

Neste artigo, mostramos-te como organizar de forma eficiente os planos de formação na tua empresa e como monitorizar os resultados com indicadores claros, garantindo que os objetivos definidos são, de facto, atingidos. Tudo com foco na avaliação de desempenho, produtividade, motivação e crescimento sustentável das equipas.

O que é gestão de formações?

Antes de mais, essa gestão é um processo estratégico e contínuo que envolve planeamento, organização e avaliação das ações de formação nas empresas.

É a ferramenta que te permite, enquanto líder, identificar as necessidades de desenvolvimento das tuas equipas, criar programas formativos ajustados e acompanhar o impacto da formação no desempenho individual e coletivo.

Saber gestão de formações implica ter um ranqueamento dos tópicos necessários para o crescimento profissional da tua empresa. Deste modo, decidir que competências necessitam ser desenvolvidas ou potencializadas torna-se mais fácil quando há uma visão estratégica das lacunas a preencher.

O que diz a legislação portuguesa sobre a gestão de formações?

A legislação portuguesa estabelece que as empresas devem garantir aos seus trabalhadores o direito à formação contínua, como forma de promover o desenvolvimento pessoal e profissional, bem como a empregabilidade.

De acordo com o Código do Trabalho (Artigo 131.º e seguintes), todas as entidades empregadoras têm a obrigação de proporcionar, anualmente, pelo menos 40 horas de formação contínua a cada trabalhador, sendo que, em alguns casos, esta formação pode ser acumulada até um máximo de dois anos consecutivos.

Além disso, as empresas devem registar e documentar todas as ações de formação realizadas, sendo também obrigadas a incluir essa informação no relatório único, mais concretamente no Anexo C – Formação Contínua. O não cumprimento destas obrigações legais pode resultar em coimas e sanções por parte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Em suma, garantir uma gestão eficiente das formações, além de cumprir com a lei, contribui para melhorar a produtividade, a motivação e a retenção de talento dentro da organização.

Quais são as principais formas de desenvolver as competências de um funcionário?

Como sabemos, desenvolver as competências dos colaboradores é fundamental para garantir o crescimento da empresa e o sucesso individual de cada elemento da equipa.

Para isso, é importante recorrer a diferentes métodos e estratégias, ajustados ao perfil de cada funcionário e aos objetivos da organização. Eis as principais formas de promover esse desenvolvimento:

Formações internas ou externas: são ações estruturadas, presenciais ou online, focadas no reforço de competências técnicas (hard skills) ou comportamentais (soft skills). Podem ser ministradas por formadores internos ou entidades especializadas.
Mentoria e coaching: acompanhamento personalizado feito por um profissional mais experiente ou por um coach. É ideal para desenvolver liderança, tomada de decisão e autoconhecimento.
Aprendizagem on-the-job: trata-se do desenvolvimento de competências durante a execução das próprias tarefas diárias. Este método é eficaz, especialmente quando combinado com feedback contínuo.
Job rotation: a troca de funções temporária entre áreas permite ao colaborador adquirir uma visão mais ampla do negócio e desenvolver novas competências em diferentes contextos.
Workshops e seminários: são oportunidades de aprendizagem mais pontuais, que permitem o contacto com novas ferramentas, tendências ou especialistas de mercado.
Plataformas de e-learning: facilitam o acesso flexível à formação, permitindo que cada colaborador aprenda ao seu ritmo e de acordo com os seus interesses e necessidades.
Projetos desafiantes ou de inovação: atribuir responsabilidades em projetos estratégicos estimula a criatividade, a resolução de problemas e o trabalho em equipa.

Adotar uma combinação destas abordagens ajuda a construir equipas mais preparadas, motivadas e alinhadas com os objetivos da organização, promovendo uma cultura de aprendizagem contínua.

Passo a passo para criar um plano de gestão de formações

Elaborar um plano de gestão de formações eficaz é essencial para alinhar o desenvolvimento das competências dos colaboradores com os objetivos estratégicos da empresa.

Por isso, aqui tens os principais passos para o fazer com sucesso:

Diagnosticar necessidades formativas: começa por identificar as lacunas de competências nas equipas. Podes recorrer a avaliações de desempenho, feedback de líderes, entrevistas ou questionários internos.
Definir objetivos de formação: Estabelece metas claras e mensuráveis: melhorar a produtividade? Preparar líderes? Aumentar a satisfação dos colaboradores? Estes objetivos vão guiar todo o plano.
Escolher os formatos e métodos adequados: decide se vais apostar em formações presenciais, online, entre outros.
Planear o calendário de formação: define datas, duração, frequência e prioridades. É importante garantir que o plano se encaixa na rotina de trabalho e não compromete a operação da empresa.
Selecionar formadores: avalia se a formação será interna (com recursos da empresa) ou externa. E escolhe os profissionais ou entidades mais adequadas para garantir qualidade e relevância.
Comunicar o plano à equipa: partilha os objetivos, formatos e benefícios da formação com os colaboradores para garantir o seu envolvimento e compromisso.
Acompanhar e registar o progresso: utiliza ferramentas de gestão de formação para registar as ações realizadas, o número de horas por colaborador e os resultados obtidos.
Avaliar o impacto das formações: mede os resultados: houve melhoria de desempenho? Os objetivos foram atingidos? Pede feedback e ajusta o plano, se necessário.

Vale a pena lembrar que, criar um plano de gestão de formações bem estruturado não só garante o cumprimento legal, como também potencia o talento interno e contribui para o crescimento sustentável da organização.

A gestão de formações com a Sesame

A Sesame HR é uma ferramenta completa que facilita toda a gestão de formações na tua empresa, desde o planeamento até à análise de resultados.

Ao mesmo tempo, com esta plataforma, podes criar planos de formação adaptados a cada equipa ou colaborador, definir objetivos formativos, atribuir responsáveis e acompanhar o progresso em tempo real. A gestão torna-se mais eficiente, organizada e livre de processos manuais.

Além disso, a Sesame permite registar todas as horas de formação por colaborador. O que ajuda a garantir o cumprimento das exigências legais, como as 40 horas anuais obrigatórias previstas no Código do Trabalho.

A geração de relatórios automáticos, como os necessários para o Anexo C do Relatório Único, se faz de forma rápida e precisa, reduzindo o risco de erros e poupança de tempo administrativo.

Com uma interface intuitiva e adaptável à realidade das PME e grandes empresas, a Sesame promove uma cultura de aprendizagem contínua e dá-te as ferramentas para acompanhares o desenvolvimento das competências da tua equipa de forma estratégica e sustentável.

Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame HR e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!

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Profissional experiente da RH dedicado à promoção de comunidades colaborativas líderes de RH fortes. Como fundador da RH Club e da HR Community, utilizo os meus mais de 15 anos de experiência para melhorar o panorama profissional dos líderes de RH.

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