Salários e remunerações

Remuneração variável: como funciona e como aplicar na tua empresa

Aprende como implementar um sistema de remuneração variável eficaz e motivador para a tua equipa.

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Isabel García

HR Consultant

software de gestão do recibo de vencimento

24 de abril, 2025

A remuneração variável é uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas empresas que querem motivar equipas, premiar desempenho e alinhar objetivos individuais com resultados do negócio.

Ao contrário do salário fixo, esta componente adaptável permite reconhecer o esforço e a produtividade dos colaboradores de forma mais dinâmica e estratégica.

No entanto, para que seja eficaz, a remuneração variável deve ser bem pensada, bem comunicada e, acima de tudo, ligada a critérios justos e mensuráveis. Caso contrário, pode gerar frustração, desigualdade ou simplesmente não ter o impacto desejado.

Neste artigo, explicamos-te como funciona a remuneração variável, que tipos existem, quais os seus benefícios reais e como podes aplicá-la com sucesso na tua empresa. Se queres transformar o desempenho da tua equipa através de uma compensação salarial mais inteligente e motivadora, continua a ler.

O que é a remuneração variável?

Para começar, a remuneração variável é uma componente do pacote salarial que varia consoante o desempenho, resultados ou objetivos alcançados pelo colaborador, equipa ou empresa. Ao contrário da remuneração fixa — que é paga de forma regular e pré-estabelecida —, a componente variável não é garantida, sendo atribuída com base em critérios previamente definidos.

Este tipo de remuneração pode assumir várias formas, como:

  • Bónus por objetivos individuais ou de equipa
  • Comissões sobre vendas
  • Prémios de produtividade ou inovação
  • Participação nos lucros ou resultados da empresa

A lógica por detrás da remuneração variável é simples: quanto melhor for o desempenho, maior será a compensação. Esta abordagem permite às empresas reconhecer o mérito, incentivar o esforço adicional e alinhar os interesses dos colaboradores com as metas do negócio.

No entanto, para que funcione de forma justa e eficaz, é fundamental que haja critérios claros, transparentes e comunicados desde o início, bem como uma ligação direta com indicadores de desempenho (KPIs) que possam ser medidos de forma objetiva.

Em suma, a remuneração variável é uma estratégia poderosa para estimular a motivação, recompensar o mérito e reforçar o compromisso dos colaboradores com os objetivos da empresa — desde que bem desenhada e aplicada de forma equilibrada.

Qual é a diferença entre remuneração fixa e variável?

A diferença entre remuneração fixa e variável reside basicamente na sua previsibilidade e na forma como são calculadas.

A remuneração fixa é um valor garantido que o colaborador recebe mensalmente, independentemente da sua performance ou dos resultados da empresa. É estabelecida no contrato de trabalho e só poderá ser alterada mediante negociação entre a parte empregadora e o colaborador.

Já a compensação variável, por outro lado, está sujeita a diversos fatores. Pode depender da performance individual do trabalhador, dos resultados da equipa ou até mesmo dos lucros da própria empresa. Trata-se de uma forma adicional de compensação que tem como objetivo principal a motivação dos colaboradores.

Tipos de remuneração variável

A retribuição variável pode assumir diferentes formas, consoante a estratégia da empresa, o setor de atividade e os objetivos definidos para os colaboradores. Escolher o modelo certo faz toda a diferença na forma como esta compensação é percebida e no impacto real que tem na motivação e desempenho da equipa.

Abaixo apresentamos os principais tipos de remuneração variável utilizados em contexto empresarial:

1. Bónus por desempenho

É um dos modelos mais comuns. O bónus atribui-se com base em objetivos previamente definidos, que podem ser individuais, de equipa ou da própria empresa. Pode estar associado a metas de produtividade, qualidade, inovação ou cumprimento de prazos.

2. Comissões

Muito utilizado em equipas comerciais, este modelo atribui uma percentagem sobre vendas ou contratos fechados. É uma forma direta de ligar o esforço ao resultado, promovendo uma cultura orientada para objetivos concretos.

3. Prémios por objetivos específicos

Estes prémios são atribuídos de forma pontual, quando o colaborador ou a equipa atingem metas específicas, como concluir um projeto estratégico ou superar um desafio de mercado.

4. Participação nos lucros

Neste modelo, os colaboradores recebem uma percentagem dos lucros da empresa ao fim de um determinado período. É uma forma eficaz de reforçar o sentimento de pertença e de alinhar todos com os resultados globais da organização.

5. Remuneração variável para cargos de direção

Em funções de topo, é comum que parte do salário esteja dependente de indicadores como crescimento de receita, margem de lucro, retenção de talento ou performance de unidade de negócio. Este tipo de variável tende a ter maior peso e impacto a longo prazo.

Ao mesmo tempo, cada um destes modelos pode usar-se isoladamente ou combinado com outros, consoante os objetivos da empresa.

O importante é garantir que há clareza nos critérios de atribuição, alinhamento com a estratégia organizacional e transparência na sua aplicação. Quando bem estruturada, a remuneração variável torna-se uma ferramenta poderosa para atrair, motivar e reter talento.

Como definir um plano de remuneração variável?

Criar um plano de remuneração variável eficaz exige mais do que simplesmente oferecer bónus ou prémios. É fundamental estruturar um sistema claro, justo e alinhado com os objetivos da empresa, de forma a motivar os colaboradores e impulsionar os resultados.

Abaixo encontras os passos essenciais para o fazer com sucesso:

Define os objetivos estratégicos do plano

Antes de mais, identifica o que queres alcançar com a remuneração variável. Pretendes aumentar a produtividade? Reter talento? Recompensar o desempenho individual ou coletivo? Define esse propósito com clareza, pois será a base de todo o plano.

Escolhe indicadores de desempenho relevantes

Depois, seleciona métricas concretas e alinhadas com as funções dos colaboradores. Por exemplo, nas equipas comerciais, podes usar o volume de vendas; já em áreas operacionais, podes medir a eficiência, a qualidade ou o cumprimento de prazos.

Cria regras simples, claras e acessíveis

Evita ambiguidades. Explica exatamente o que cada colaborador precisa de alcançar, quanto poderá receber e em que momento. Quando o plano é transparente, geras mais confiança e envolvimento da equipa.

Define a frequência e os montantes com equilíbrio

Decide se os incentivos se pagaram mensalmente, trimestralmente ou em períodos mais alargados. Ao mesmo tempo, determina limites mínimos e máximos, de forma a manter o plano sustentável para o negócio.

Ao longo do tempo, observa se o plano está a produzir os resultados esperados. Se necessário, ajusta os objetivos, os KPIs ou os valores atribuídos. Um sistema de remuneração variável deve evoluir com a empresa e com as pessoas.

Comunica com clareza e consistência

Por fim, apresenta o plano de forma transparente e mantém a comunicação ativa ao longo do tempo. Informa os colaboradores sobre o progresso, partilha resultados e celebra conquistas — isso reforça o compromisso e mantém o foco nas metas.

Ao seguires estes passos, consegues aplicar um plano de remuneração variável que reconhece o mérito, promove o desempenho e fortalece a cultura da tua empresa. Com clareza, consistência e foco nos objetivos certos, o impacto positivo será evidente a curto e a longo prazo.

Benefícios da retribuição variável

A remuneração variável traz vantagens significativas para ambos os lados da relação laboral. Por um lado, permite às empresas aumentar a produtividade, alinhar os colaboradores com os objetivos do negócio. E, ao mesmo tempo, controlar melhor os custos com pessoal, já que os prémios só são atribuídos quando há resultados concretos.

Por outro lado, para os colaboradores, funciona como um incentivo direto ao desempenho, reforça o sentimento de valorização e, consequentemente, aumenta o envolvimento e a motivação. Além disso, ajuda a reter talento, ao mostrar que o esforço é reconhecido e recompensado de forma justa.

Assim, quando bem implementada, a remuneração variável fortalece a relação entre empresa e equipa, melhora o clima organizacional e impulsiona os resultados de forma sustentável.

Gestão do recibo de vencimento com a Sesame

Gerir a remuneração variável de forma eficaz pode ser um desafio, especialmente quando existem diferentes tipos de bónus, critérios por equipa e objetivos individuais. É aqui que a Sesame HR entra como aliada estratégica, ao simplificar e automatizar todo o processo — desde o registo das variáveis até à comunicação com os colaboradores.

Do mesmo modo, com a Sesame, consegues configurar objetivos e registar métricas de desempenho diretamente na plataforma, associando cada variável ao colaborador ou equipa correspondente. Assim, ganhas uma visão clara sobre quem atingiu o quê e quanto deverá receber.

Além disso, podes integrar a informação de remuneração variável no ciclo de avaliação de desempenho, ligando resultados concretos a recompensas financeiras de forma transparente. A plataforma permite-te ainda acompanhar o progresso em tempo real, o que facilita a tomada de decisões e o alinhamento entre RH, liderança e equipa.

Outro ponto forte é a capacidade de gerar relatórios automáticos, que te ajudam a controlar orçamentos, validar critérios e preparar os dados para o processamento salarial — tudo num só lugar e com total segurança.

Portanto, ao digitalizares este processo com a Sesame HR, ganhas tempo, rigor e transparência, enquanto reforças a motivação dos colaboradores e asseguras uma gestão salarial moderna e eficaz.

Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame HR e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!

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Ricardo López

HR Specialist | LinkedIn | +post

Sou um profissional de Recursos Humanos que se destaca na administração de salários, gestão de relações laborais e aconselhamento em matéria de emprego. A minha formação académica em direito do trabalho e Recursos Humanos permitiu-me desenvolver uma compreensão abrangente da dinâmica laboral e da gestão de pessoal.


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